11.21.2006

Barros e ventos

Mestre Manoel de Barros também passarinhava:

XXX

Atrás do vôo dos patos seguem os restos dos dias


IV

Sabiá de setembro tem orvalho na voz.
De manhã ele recita o sol.

XXIII

Vi uma água viciada em mar!
Meus ocasos mudaram de aves?

Concertos a céu aberto pra solo de aves.

3 comentários:

Anônimo disse...

RETRTO DO ARTISTA QUANDO COISA
Adoro Manoel de Barros,este poema é meu preferido.

Na língua dos pássaros uma expressão tinge a seguinte.
Se é vermelha tinge a outra de vermelho.
Se é alva tinge a outra dos lírios da manhã.
É lingua muito trnsitiva a dos pássaros.
Não carece de conjunções nem de abotoaduras.
Se comunica por encantamentos.
E por não ser contaminada de contradições
A linguagem dos pássaros
só produz gorjeios.
Boa noite IAN e bom ano pra você.

Anônimo disse...

Também sou muito apaixonada por Manoel de Barros , mas não conheço tanto assim a obra dele!!! Adorei !!!

Anônimo disse...

Manoel de Barros é ótimo!!! Ele vê as aves de uma forma maravilhosa!! Muito bom!!!